TOP 5: ROMA NOS CINEMAS

Se tem uma coisa que a professora que vos fala ama são listas.

Já listamos o Top 5 de bonitões da História e ficamos devendo a versão feminina, que também promete. 

Antes disso, o post dedica-se a listar 5 filmes sobre Roma antiga, para usar (ou definitivamente não) em sala de aula.

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5. CALÍGULA (1979) - O filme é mais polêmico do que mamilos... Com direção de arte de Tinto Brass (que dirigiu filmes chamados "Monella, a Travessa" e "Falo", já dá pra sentir...), Calígula costuma ser citado como um filme em que a megalomania do diretor se sobrepôs aos talentos envolvidos na produção. 

Sabemos que a sociedade romana à essa época, estava corrompida e os cofres vazios devidos aos gastos do imperador com tropas e, principalmente, festas, orgias, bacanais. Para ilustrar essa perspectiva, os diretores (Tinto Brass e Bob Guccione) se concentram no caso que Calígula teve com a irmã, Drusila, nos assassinatos, nas traições (Macro entre outros) e nas excentricidades do imperador, que conhecidamente nomeara seu próprio cavalo Incitatus a senador

Com atuações brilhantes, como as de Malcom MacDowell e Hellen Mirren, o filme trata do período da ascensão e queda de Calígula, terceiro imperador da dinastia Júlio-Claudiana (que foi iniciada por Otávio Augusto, sobrinho de Júlio César). 

A crítica especializada vomitou suas verdades sobre a obra, chegando a afirmar que o filme não tinha razão de existir e que não justificava a participação de elenco tão consagrado. 

Com a direção de Tinto Brass, versado em filmes eróticos, e  com financiamento da Penthouse, já dá pra imaginar o filme... É sexo explícito que não acaba mais... Por isso, não devemos usar em sala de aula! Mas vale assistir... 

O trecho abaixo é da belíssima Helen Mirren (essa mulher continua uma senhora linda), atuando com a esposa do imperador.



4. Spartacus (1960) - Esse romance épico de Stanley Kubrick foi baseado no romance homônimo de Howard Fast sobre a revolta escrava de que participou o gladiador Espártaco, liderando um exército de cerca de 100 mil ex-escravos.

Por volta do ano 100 a. C., nasce Spartacus na Trácia. Nasceu livre e sempre foi levado pela lembrança de sua liberdade, nem sempre sendo inimigo de Roma, mas fazendo parte do sistema, como soldado de Roma. O que ele fez foi se negar a lutar contra seu povo, desertou e foi caçado, capturado e vendido como escravo. 

Sua esposa também foi vendida com escrava. Estavam juntos, mas a vida não lhes pertencia. Ela tinha nome, mas a História não  o registrou. 

Assim como os vários envolvidos na revolta, Spartacus não foi um homem, mas o porta-voz dos anseios de vários deles, como mostra o fragmento abaixo.


Nota da professora: Dá para passar em sala de aula, desde que você tenha cerca de 3 horas disponíveis para tanto...



3. Série Rome (HBO/2007) - A série teve apenas duas temporadas, já que os custos para sua filmagem superaram os $100 milhões de dólares, o que a tornou a mais cara da história da televisão.

Na primeira temporada, a BBC filmou essa preciosa reconstituição dos anos que marcaram a ascensão e a queda de Júlio César: vai da sua vitória na Alésia, quando derrotou o líder dos gauleses, até seu assassinato em pleno Senado romano.

Mas a graça da série são os personagens que fazem o pano de fundo desse período, provando mais uma vez nossa simpatia pela história de gente como a gente (ou, como eu seria na minha Roma antiga interior)

Os personagens que guiam a trama são Titus Pullus, valente e viril, e Lucius Vorenus, leal e justo, ambos legionários da 13a legião de César.

Não posso me furtar em dizer que me tornei ainda mais fã, quando meu então professor na faculdade, Ciro Flamarion Cardoso, afirmou ser esta uma das maiores reconstituições de época que ele, e quem sou eu pra negar, já vira.

Tão fã, que batizei meu gato de Tito Pulo em homenagem ao personagem que, assim como ele, teve uma vida bem sofrida, viu?


Centurião do amor.
Na segunda temporada, são narrados os fatos posteriores à morte de César: os dois triunviratos e a ascensão do sobrinho de César, Otávio Augusto, ao poder após saber que era herdeiro de César.

É nessa temporada que aparece a Cleópatra mais historicamente provável de que se notícia (com cabelos curtinhos, morena e com peruca negra e pesada) e alvo do amor de Marco Antônio (uma trama que entrelaça os personagens Tito Pullo e Lúcio Voreno).

O que eu mais acho interessante é que eles mostram como as mulheres romanas, apesar de não terem acesso a cargos políticos, se utilizavam dos expedientes femininos para fazer com que a política andasse de acordo com seus anseios. Átia, mãe de Otávio e irmã de César é um dos personagens mais interessantes, bem como Servília, amante de César, que, abandonada, manipula o filho Brutus para promover sua vingança.

Abaixo, a cena do triunfo de César.


Não sei se passaria em sala de aula no Fundamental, mas no Médio é recomendável.




2. Cleópatra (1963) - O filme trata da ascensão e da queda de Cleópatra e da sua luta contra a ambição romana através de seus relacionamentos com Júlio César e Marco Antônio. Não tem compromisso em ser fiel à história e ficou conhecido como um dos filmes mais caros da História, já que, atualizado, seu valor foi de quase 300 milhões de dólares...

Sua apreciação dá-se muito mais no campo das artes do que da História, então... Não.



1. Gladiador (2000) - Dirigido por Ridley Scott, o filme se passa no ano 180 e narra uma história ficcional da luta de Maximus (Russell Crowe), a cujo Império estava destinado, contra aqueles que mataram sua família. Seu principal alvo era o usurpador Cómodus, vivido brilhantemente por Joaquin Phoenix.

À essa época, Roma vivia sob a política do pão e circo, termo usado para designar o período em que o governo provia o povo com diversão e trigo, a fim de atenuar os conflitos destes contra seus governantes.

O filme mais marcou pela quantidade de erros de continuísmo e de gravação que foram exibidos mesmo assim (com direito a relógios em cena, bigas motorizadas e pessoas de calça jeans...) do que pelo peso histórico.

Vamos ver o que diz crítica especializada?

Mas ao mesmo tempo que possuem esses defeitos, as cenas de combate têm força o suficiente para marcarem quem quer que esteja assistindo.

O primeiro pavimento inteiro do Coliseu foi recriado e os outros andares (se não me falha a memória, cinco outros) foram recriados em computador. O poder do lugar pode ser sentido logo na primeira tomada geral que Scott faz, quando dá uma visão aérea de Roma e vemos o gigante em meio à tantas casas.

Tirando a construção do Coliseu, é bem perceptível quando estamos tendo computação gráfica no cenário. Isso porque muita coisa é real, mas muita também foi inserida na pós produção, e a maior prejudicada nisso tudo foi a fotografia, que em alguns momentos tem um sol forte e brilhante, e em outros, quando há efeitos sendo usados, temos tudo mais ‘morto’ e artificial. Repito que isso exclui o Coliseu, pois 80% dele é feito por computador, como dissemos anteriormente, é simplesmente fantástica a sua reprodução – inclusive com um giro lento de câmera de 360 graus do ponto de vista dos gladiadores para que toda a grandeza da situação seja sentida.

Apesar de todo esse ar grosseiro ao redor do nome Gladiador, o filme ainda encontra o seu espaço para a poesia. Logo depois do logo modificado dos estúdios (trocar a cor do logo de um não é para qualquer filme não), aparece o nome do filme e, ao contrário do esperado, ao invés de alguma cena bruta do tipo para nos ambientar sobre a estupidez de um jogo onde uma pessoa morre e várias aplaudem se tiver ‘bem morrido’, temos uma imagem poética e sensível: Maximus andando por um campo e acariciando sua mão nas plantas.

Claro que o roteiro acaba por seguir uma lineriedade totalmente previsível, porém o modo como tudo é exposto, somado a alguns diálogos bem especiais e boas situações para a ação garantem a diversão por mais de duas horas e meia.As músicas para um épico são importantes, isso é indiscutível, e nesse ponto Gladiador está muito bem servido. Ninguém menos que Hanz Zimmer, o grande nome de trilhas sonoras de sucesso do momento, rede toda a orquestra por trás de todo o filme com uma trilha que conseguiu captar bem o espírito que Ridley Scott pretendia alcançar. 


Mas... temos Russell Crowe.



Não ajudei muito em sala de aula, né?







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