ANTIGUIDADE CLÁSSICA: ROMA ANTIGA- UM RESUMO
Designa-se Roma Antiga o período que vai do século X a. C. até o século V d. C.. Seu marco inicial foi a fundação de Roma e sua derrocada ficou marcada pela queda da capital ocidental romana. A capital oriental, Constantinopla, resistiria até o século XV (1453), quando foi tomada pelos turco-otomanos.
Dividirei esse resumo da seguinte maneira:
- Período das Realezas: da fundação até o advento da República;
- República: Senado, patrícios vs. plebeus e expansionismo;
- Império: dos triunviratos até a crise do Império;
- O Bizâncio.
Espero que seja de grande ajuda.
Apesar de sua fundação relacionar-se à defesa (os povos do Lácio tentavam evitar as constantes invasões etruscas pelo Norte), foi sua versão mítica a que mais se destacou.
O mito de Rômulo e Remo já foi contado na Eneida, de Enéas, em Virgílio e em Tito Lívio e narra a história dos irmãos que, tendo sido jogados no rio Tibre, acabaram sendo resgatados e amamentados por uma loba e, posteriormente, criados por um casal de camponeses. Adultos, eles voltaram à cidade natal e ganharam as terras que formariam a cidade de Roma. A disputa de ambos os irmãos pelo governo de Roma provocou a morte de Remo, e Rômulo se tornou o primeiro rei de Roma, dando início ao Período das Realezas ou à Monarquia.
A monarquia romana (753 a. C./509 a. C.)
Esse período caracterizava-se pelo governo de um monarca, cujos poderes eram limitados pelo Senado (ou Conselho dos Anciãos) e vai do reinado de Rômulo (753 a. C.) até o de Tarquínio (534 a. C./509 a. C.). O rei detinha os poderes executivo, judicial e religioso; enquanto o Senado aprovar ou não as leis criadas por ele.
Quando Tarquínio decidiu limitar o poder de veto senatorial, foi expulso da cidade e assassinado, sob justifica de não respeitar a aristocracia patrícia. Acabava o período das realezas e iniciava-se a República em Roma.
A sociedade romana dividia-se, nesse período, em três classes:
A sociedade romana dividia-se, nesse período, em três classes:
- patrícios: cidadãos romanos, formando a aristocracia romana;
- plebeus: passaram para o domínio patrício nas primeiras conquistas e eram livres, mas ainda não tinham participação política ativa;
- escravos: recrutados entre os povos estrangeiros derrotados ou plebeus endividados, eram a força de trabalho principal e não possuíam direitos. Aumentam em número durante a república.
2. República (509 a. C./27 a. C.)
A República é um período bem extenso, então devemos entender que, apesar de ter começado forte, com os irmãos Graco (Tibério, com sua lei que limitava a posse de terra que culminou no seu assassinato, e Caio, com sua lei Frumentária que determinava a distribuição de trigo aos plebeus e também culminou em morte trágica- exigiu que um escravo o matasse, devido às perseguições que estava sofrendo), foi perdendo a força e sendo dominada pela aristocracia patrícia, que forçaria posteriormente os triunviratos e o Império.
A chave para entender a fase republicana é prestar atenção em três características essenciais desse momento: maior projeção política do Senado; conflito entre plebeus e patrícios; e expansionismo territorial. Explanaremos mais profundamente cada um deles a seguir.
A chave para entender a fase republicana é prestar atenção em três características essenciais desse momento: maior projeção política do Senado; conflito entre plebeus e patrícios; e expansionismo territorial. Explanaremos mais profundamente cada um deles a seguir.
Em primeiro lugar, o Senado era agora o centro da política romana e a ele cabia cuidar das finanças, da administração e da política externa.
Em segundo lugar, esse período caracteriza-se pelo conflito entre duas das principais classes sociais romanas: os patrícios (aristocracia) vs. plebeus (maior parte da população). Os plebeus buscavam maior participação política e melhores condições de vida. Nesse sentido, foram criados os tribunos da plebe, formados apenas por plebeus. Assim, os plebeus passaram a ter acesso ao Consulado romano, já que eram eleitos dois cônsules: um patrício e outro plebeu.
Além dos tribunos da plebe, outro ganho dos plebeus foi a criação das Leis Licínias, que garantiam os plebeus na partilha das terras conquistadas, e a Lei Canuleia, que permitia o casamento entre plebeus e patrícios
Além dos tribunos da plebe, outro ganho dos plebeus foi a criação das Leis Licínias, que garantiam os plebeus na partilha das terras conquistadas, e a Lei Canuleia, que permitia o casamento entre plebeus e patrícios
A terceira e última característica importante foram as conquistas romanas, e, em particular as Guerras Púnicas (264 a. C. /146 a. C.), em que Roma ganha a hegemonia sobre o mar Mediterrâneo.
Outras conquistas romanas:
Outras conquistas romanas:
- Macedônia;
- Síria;
- Grécia;
- Egito;
- península Ibérica;
- Gália.
As conquistas transformaram o exército romano num grupo imbatível, sendo a disciplina militar muito severa: os soldados vitoriosos ganhavam prêmios e condecorações, enquanto os perdedores, presos ou decapitados.
Foi durante o período republicano que Roma reuniu as condições suficientes para passar de simples cidade-estado a grandioso império.
Consequências do expansionismo romano:
As constantes guerras deram evidência para que muitos chefes militares começassem a reivindicar mais participação política, já que viam que a força estava á sua disposição, pois os soldados prestavam obediência ao general, não á nação. Foram estes: Júlio César, e Pompeu, por exemplo.
Para contornar a crise da República, o Senado elegeu três fortes líderes, formando o Primeiro Triunvirato, com Júlio César, Pompeu e Crasso. Crasso morreu em combate na Pérsia, e Pompeu viu aí a chance de ser único cônsul. Quando Júlio César, que estava na conquista da Gália, recebeu tal notícia, partiu para Roma (quando teria proclamado "alea jacta est', ou a sorte está lançada) e derrotou Pompeu. Daí, foi a vez de Júlio César se proclamar ditador vitalício em Roma, provocando a ira do Senado, o que acarretou seu assassinato em plena casa senatorial a punhaladas.
No Segundo Triunvirato, foram eleitos: Marco Antônio, Otávio sobrinho de Júlio César e Lépido. Otávio conseguiu afastar os outros dois cônsules e declarou-se princeps imperador augustus romanus, dando início ao período do Império.
3. Império (27 a. C./476 a. C.)
Com as conquistas, o Império formou-se e deixou de ser agrário para ser mais comercial. Além disso, os povos conquistados eram escravizados, e suas regiões passavam a pagar impostos para Roma, enriquecendo-a.
Consequências do expansionismo romano:
- maior afluxo de riquezas para Roma;
- maior desigualdade social;
- aumento da escravidão;
- êxodo rural;
- proletarização da plebe;
- surgimento de novas classes sociais (como os clientes, que eram os povos conquistados pelo estrangeiros conquistados pelos romanos, que não tinham cidadania em Roma).
As constantes guerras deram evidência para que muitos chefes militares começassem a reivindicar mais participação política, já que viam que a força estava á sua disposição, pois os soldados prestavam obediência ao general, não á nação. Foram estes: Júlio César, e Pompeu, por exemplo.
Para contornar a crise da República, o Senado elegeu três fortes líderes, formando o Primeiro Triunvirato, com Júlio César, Pompeu e Crasso. Crasso morreu em combate na Pérsia, e Pompeu viu aí a chance de ser único cônsul. Quando Júlio César, que estava na conquista da Gália, recebeu tal notícia, partiu para Roma (quando teria proclamado "alea jacta est', ou a sorte está lançada) e derrotou Pompeu. Daí, foi a vez de Júlio César se proclamar ditador vitalício em Roma, provocando a ira do Senado, o que acarretou seu assassinato em plena casa senatorial a punhaladas.
No Segundo Triunvirato, foram eleitos: Marco Antônio, Otávio sobrinho de Júlio César e Lépido. Otávio conseguiu afastar os outros dois cônsules e declarou-se princeps imperador augustus romanus, dando início ao período do Império.
3. Império (27 a. C./476 a. C.)
A República passou a entrar em constantes crises, até que o Império foi encarado como uma forma de defesa contra as cidades vizinhas a Roma e consequência natural da expansão territorial da República. Roma aumentara sua população de 4 milhões, em 300 a. C., para 60 milhões em, 30 a. C..
Podemos dividir o período em Alto e Baixo Impérios:
- Alto Império (século I ao século III): caracterizada pelo panis et circensis, Século de Ouro da Literatura Latina; oficialização do cristianismo como religião única em Roma; divisão do Império entre Oriental e Ocidental, um com capital em Constantinopla e outro com capital em Roma;
- Baixo Império (século III ao século V): do auge das conquistas até a queda da capital ocidental romana com a derrota do último imperador, Rômulo Augusto, por Odoacro, chefe dos hérulos (Roma); crise e anarquia econômica, social, política e militar.
Foi no Baixo Império, que se deu a decadência do Império romano, já que suas conquistas chegaram ao auge no século III e ficou difícil de manter a estrutura imperial.
Além disso, a expansão do cristianismo, uma religião monoteísta, antiescravista e antimilitarista, também se chocava com os valores da sociedade romana. Os legionários também foram-se desgastando, devido à ausência de um líder militar, brigando muitas vezes entre si, o que só foi agravado pelo início das penetrações germânicas ("bárbaras") nos territórios romanos.4. O Bizâncio
A queda de Roma não foi acompanhada pela queda de Constantinopla, atual Istambul, na Turquia. Pelo contrário, esta só se daria dez séculos mais tarde, tendo o Bizâncio existido durante toda a Idade Média (cuja periodização vai da queda de Roma até a queda do Império Bizantino, lembram?).
O maior imperador bizantino foi Justiniano, que chegou a dominar parte do Império do Ocidente (até Roma) e que foi responsável pela maior compilação de leis do direito romano, que até servem de inspiração para as leis de muitas nações.
Sua religião oficial era o cristianismo, mas de maneira bem diferente. O fim do Império no Ocidente fez com que surgisse um líder religioso da Igreja, o Papa. Porém, como o Bizâncio ainda possuía um imperador, já que só vai sucumbir séculos mais tarde, a Igreja permanecia sob tutela do imperador. Em 1054, o Cisma do Oriente firmou a separação das duas Igrejas.
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Mais sobre Roma, através do cinema e de dicas de filmes, aqui.
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